Dizes que me amas mas ultimamente só me despertas ira.
Gritas aos quatro ventos que não vives sem mim quando na realidade o que tens estado a fazer é afastar-me quando me apertas!
O que tu chamas de amor, eu chamo sufoco e o que sentes como paixão, eu vivo como loucura.
Que é feito do homem extraordinário que me repetia vezes sem conta que o que o apaixonava em mim era a minha aptidão de andar sempre no mundo da lua?
Quantas vezes ficavas parado a rir e a assistir à minha busca incessante das chaves, telemóvel, carteira e afins?
Hoje, tudo te tira do sério... para logo a seguir pedires desculpa e descarregares a lenga-lenga do "eu amo-te, desculpa, eu amo-te"
Dizias que o que te encantava em mim era a capacidade de ser única. De repente, essa singularidade, passou a ser corriqueira e a razão passou a ser exclusividade tua.
Começamos a fazer tudo juntos e a andar como se fossemos um só. Não me interpretes mal, eu adoro a tua companhia mas somos duas cabeças e duas vidas, que apesar de juntas e unidas não se fundiram. Eu entendo que foi a forma que encontraste para me provares que ainda me queres mas será que não vês que tudo à nossa volta se tornou maquinal?
Que é feito da espontaneidade dos nossos dias? Cada um tinha o seu ar e o seu espaço e era isso tornava que os nossos momentos repletos de fascínio, emoção e paixão!
Onde andas? Onde estamos?
Quero tanto que voltes! Aliás, precisamos que voltes!
Para existirmos!
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