Os príncipes encantados são muito bonitos mas nos livros infantis!
Nunca acreditei e principalmente nunca esperei que viesse algum no seu cavalo branco para me salvar.
Para mim, é só conversa fiada para vender fantasias que na prática não existem.
As coisas são muito simples, conheces alguém que até te agrada e que gosta de ti e juntaste, esperando que corra bem! Não vais andar á procura de uma imagem de perfeição que nasceu na cabeça de alguém, que decidiu juntar as qualidades de todos num único! Sem falhas, com valores e valentia capaz de enfrentar um dragão!
Por favor, aonde é que isto já se viu?!?!?!
Porque é que nos livros, o príncipe não deixa a roupa espalhada pelo chão, não vai à bola com os amigos e na maioria das vezes não entende o que a Cinderela quer?
Isso sim, é a vida real! Não é boa nem má, é a realidade!
Enchem-nos a cabeça de fantasias cor de rosa, de carruagens feitas de abóboras e sapatinhos de cristal mas quando crescemos, ninguém nos dá o mapa para encontrar o caminho para o pais das maravilhas!
Depois a quem pedimos contas? Que preço tem a nossa desilusão? A que ombro vamos chorar até nos rendermos às evidências da vida?
Grande maldade, é o que é! E depois não vale a pena remoer que o tempo não espera nem se compadece com lamurias!
Só nos resta fechar a última página destes maravilhosos livros malditos e acordar.
Por nós mesmas, claro!
Porque se ficamos à espera do beijo....uf....
No fundo todos gostamos de romances e finais felizes! Aqui ficam pequenas partilhas das emoções que vivemos até ao momento do beijo que nos desperta!
domingo, 29 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
Ao teu lado
Tudo na nossa vida faz sentido e leva-nos a algum
lugar.
Hoje, com a distância necessária, entendo que tive
de vivenciar todas as minhas histórias para poder chegar ao que tenho.
Vivi com trastes que não mereceram nem um décimo da
minha atenção e do meu amor e fui de pobres desgraçados que deveriam ter tido
melhor sorte quando me escolheram.
Mas na realidade, se assim não fosse, não nos teríamos
encontrado e apercebido que a vida faz sentido em toda a sua amplitude se
estivermos juntos.
Cada relação foi iniciada com a esperança que este
é que seria o tal e iríamos viver um conto de fadas, ter muitos filhos e viver
muito apaixonados até sermos velhinhos.
Muitas foram as vezes que me apaixonei mais por
esta ideia do que pelo homem. A cada relação terminada, a sensação de frustração
aumentava e a esperança de viver, não um grande amor, mas o MEU amor, diminuía.
Admito que nem sempre fui a mais apaixonada e
dedicada namorada mas nunca foi propositado nem uma tentativa de vingar todos
os fracassados que me afectaram.
É que por vezes, quando nos envolvemos,
envolvemo-nos e pronto, sem grande motivação mas também sem grandes motivos
para não o fazer e agarrados à expectativa do nunca se sabe.
Hoje sei que és tu! Não tenho qualquer dúvida que
finalmente estou a viver mais do que sonhei e imaginei ser possível. E que
consigo ter esta certeza depois de tudo o que vivi antes de teres entrado na
minha vida.
A teu lado, posso ser eu em toda a plenitude, com
todos os meus defeitos e qualidades.
Tenho direito de ser frágil e o dever de ser forte!
Posso rir, posso desatar a chorar e melhor ainda
posso ficar calada. E é tão bom poder estar ao teu lado calada, apenas estar...
Junto de ti sou um eu melhor, que nem sabia que
exista.
Felizmente que a minha história me levou a ti!
sexta-feira, 20 de março de 2015
Apenas meu
Nos dias em que
acordo mais cedo do que tu, gosto de ficar a olhar-te.
Seguir as curvas
que te formam o rosto, percorrer a linha dos teus olhos, reconstruir os
contornos dos teus lábios. Descobrir pormenores, que mesmo passado tanto tempo
juntos, surgem do nada e me fazem apaixonar cada vez mais por ti.
Às vezes
desconfio que também estás acordado... Sinto que estás envolvido naquele
bocadinho em que te desfruto.
Na maioria das
vezes são, no máximo, cinco minutinhos antes do dia acordar mas tornaram-se tão
imprescindíveis como todas as horas despertas que passamos juntos.
Naquele momento
és só meu e todo o resto não interessa. Tento não me mexer e respirar baixinho
para não quebrar a tranquilidade em que estás e prolongar ao máximo a
oportunidade de ser egoísta e te ter só para mim.
Sinto-me
arrebatada pela intensidade do amor que sinto por ti e histérica por tudo o que
ainda temos por viver e partilhar. E deixo-me ficar ali, só a olhar-te...
Sei que vou
continuar a espreitar-te quando dormes, redesenhando-te vezes sem conta. Que entusiasticamente
vou encontrar novos detalhes na tua face e que vou amá-los com toda a força que
o coração sente.
Quando me dizes
que te sentes um sortudo por me teres e eu te respondo, "pois és", na
realidade o que eu quero dizer é "a sortuda aqui sou eu por me teres
escolhido".
quinta-feira, 12 de março de 2015
Marioneta
Tive de te largar para me resgatar!
Para voltar a saber quem sou e mais importante,quem quero ser!
Nunca te interrogaste aonde íamos nesta relação! Eu sei que não! Desde que não levantasse muitas questões e claro, me mantivesse sempre disponível para as tuas vontades e desejos, iríamos continuar a viver este pseudo-amor. Eu chamaria-lhe hábito, acomodação ou como dizia o cantor, "e eu sou melhor que nada"...
Para mim chega! Sabia que no dia que em que nos questionasse, estaria tudo acabado. Assumo que muitas foram as vezes em que fechei os olhos para não ver o que estava ali à minha frente
ou na tentativa tola de acreditar que as coisas iriam mudar e que era possível voltar a sentir algo que há muito desaparecera.
Passo os olhos para as nossas fotos e vejo nos como se de estranhos se tratassem. Aonde ficaram aqueles dois?
Habituámo-nos a cruzar no corredor como se fossemos mais um móvel ali especado! Com a garantia de que dali não sai.
Pois fica sabendo que eu saio! Fartei-me de ser uma peça de decoração, ou melhor, um utensílio de cozinha! De ser quem não quero! Mais, de ser quem tu queres!
Acho que já nem tu sabes quem és! Tornaste numa personagem fria e sinistra e quiseste transformar-me na tua marioneta. Digo o que tu desejas ouvir, movimento-me ao teu belo prazer e fico imóvel quando te fartas.
Não me consigo lembrar, por maior esforço que faça, do que me apaixonou em ti e me fez querer passar o resto da vida contigo.
Quando em miúda, ouvia os adultos dizerem, que passa-se uma vida inteira ao lado de uma pessoa e no final nunca a conhecemos, não conseguia entender o que é que isso significava. Como é que se gostava e vivia com alguém e depois não conhecemos? Essa ideia, na minha cabeça de menina sonhadora, era disparatada.
Hoje, cada palavra desta frase ecoa na minha cabeça como se de um sino se tratasse!
Mas também descobri que o o tal final é quando quisermos e eu quero hoje!
Já!
Para voltar a saber quem sou e mais importante,quem quero ser!
Nunca te interrogaste aonde íamos nesta relação! Eu sei que não! Desde que não levantasse muitas questões e claro, me mantivesse sempre disponível para as tuas vontades e desejos, iríamos continuar a viver este pseudo-amor. Eu chamaria-lhe hábito, acomodação ou como dizia o cantor, "e eu sou melhor que nada"...
Para mim chega! Sabia que no dia que em que nos questionasse, estaria tudo acabado. Assumo que muitas foram as vezes em que fechei os olhos para não ver o que estava ali à minha frente
ou na tentativa tola de acreditar que as coisas iriam mudar e que era possível voltar a sentir algo que há muito desaparecera.
Passo os olhos para as nossas fotos e vejo nos como se de estranhos se tratassem. Aonde ficaram aqueles dois?
Habituámo-nos a cruzar no corredor como se fossemos mais um móvel ali especado! Com a garantia de que dali não sai.
Pois fica sabendo que eu saio! Fartei-me de ser uma peça de decoração, ou melhor, um utensílio de cozinha! De ser quem não quero! Mais, de ser quem tu queres!
Acho que já nem tu sabes quem és! Tornaste numa personagem fria e sinistra e quiseste transformar-me na tua marioneta. Digo o que tu desejas ouvir, movimento-me ao teu belo prazer e fico imóvel quando te fartas.
Não me consigo lembrar, por maior esforço que faça, do que me apaixonou em ti e me fez querer passar o resto da vida contigo.
Quando em miúda, ouvia os adultos dizerem, que passa-se uma vida inteira ao lado de uma pessoa e no final nunca a conhecemos, não conseguia entender o que é que isso significava. Como é que se gostava e vivia com alguém e depois não conhecemos? Essa ideia, na minha cabeça de menina sonhadora, era disparatada.
Hoje, cada palavra desta frase ecoa na minha cabeça como se de um sino se tratasse!
Mas também descobri que o o tal final é quando quisermos e eu quero hoje!
Já!
segunda-feira, 9 de março de 2015
Maria Morena
Está perguntar-me se eu gostava de ter vivido um romance? Oh minha querida, quem não gostaria... Mas sabe, quando há pouco dinheiro, muitas dificuldades e filhos para sustentar, o romance fica para outra vez.
Eu até tive muita sorte, casei com o homem que escolhi e ainda hoje é muito meu amigo.
O nosso casamento foi muito bonito. Pobrezinho, é verdade mas ninguém ficou sem comer e beber. Não tivemos as modernices todas que existem agora, nem uma fotografia para a lembrança, o meu vestido não era comprido, com cauda e véu e o fato dele era o de domingo. Mas lá casámos.
Se fui feliz? Fui... à nossa maneira mas sim, acho que fomos e que ainda somos!
Sabe, lembro de ainda ser jovem e às vezes ler às escondidas as fotonovelas que muito de vez enquanto dava para comprar e sonhava que era uma daquelas raparigas, com aquelas roupas chiques que elas usavam. Normalmente, haviam sempre dois pretendentes muito bem parecidos que lutavam para ver quem ficava com ela! E era como se por um bocadinho, vivesse outra vida que não a minha e tivesse a oportunidade de ver coisas que nem conhecia. Não me recordo do nome da personagem mas havia uma que eu gostava muito, era médica e tinha uns cabelos muito compridos com uns caracóis muito grandes loiros!
Olhe lá para mim, está a imaginar-me loira e médica?!?! Ai meu Deus, só isto agora para me fazer rir!
Mas rapidamente tinha de acordar e voltar a ser a Maria de cabelos castanhos pelos ombros. Havia sempre tanta coisa para me fazer despertar e rapidinho. Nem queira saber a trabalheira que seis crianças davam, principalmente quando tinha de fazer tudo à mão, que não havia cá estas máquinas de agora. A roupa era lavada no tanque e seca ao sol, a comida era feita em dois tachitos e uma frigideira e olhe lá... que havia muita gente que nem isso tinha.
Acha que no meio disto tudo, nos lembrávamos de ser românticos, acha? O meu homem saia de casa ainda de noite e quando voltava, na maioria das vezes já eu e os miúdos dormíamos.
Era assim, que remédio. Como é que nos governávamos se não fosse assim.
Eu ainda trabalhei fora de casa durante uns tempos mas tive de parar que as crianças andavam sozinhas o dia todo. Para além de que o almoço e o jantar não se faziam sozinhos, nem as meias conheciam o caminho até à caixa de costura.
Hoje, reformados, com os filhos criados e os netos a chegar já fazemos um bocadinho mais de companhia um ao outro, damos uns passeios depois de almoço, falamos sobre as noticias, sobre os miúdos... Mais eu, que ele não é de muitas falas. Nunca foi.
Mas eu sei que ele é muito meu amigo.
E diga lá, há melhor coisa que isso?
Ainda hoje gosto de ver as novelas mesmo que agora já não sejam em papel. E às vezes ainda sonho em ser a médica dos cabelos loiros.
Mas olhe, se quer que lhe diga, depois olho para o meu pretendente e acho que a louraça é que ia gostar de ser aqui a Maria morena!
Eu até tive muita sorte, casei com o homem que escolhi e ainda hoje é muito meu amigo.
O nosso casamento foi muito bonito. Pobrezinho, é verdade mas ninguém ficou sem comer e beber. Não tivemos as modernices todas que existem agora, nem uma fotografia para a lembrança, o meu vestido não era comprido, com cauda e véu e o fato dele era o de domingo. Mas lá casámos.
Se fui feliz? Fui... à nossa maneira mas sim, acho que fomos e que ainda somos!
Sabe, lembro de ainda ser jovem e às vezes ler às escondidas as fotonovelas que muito de vez enquanto dava para comprar e sonhava que era uma daquelas raparigas, com aquelas roupas chiques que elas usavam. Normalmente, haviam sempre dois pretendentes muito bem parecidos que lutavam para ver quem ficava com ela! E era como se por um bocadinho, vivesse outra vida que não a minha e tivesse a oportunidade de ver coisas que nem conhecia. Não me recordo do nome da personagem mas havia uma que eu gostava muito, era médica e tinha uns cabelos muito compridos com uns caracóis muito grandes loiros!
Olhe lá para mim, está a imaginar-me loira e médica?!?! Ai meu Deus, só isto agora para me fazer rir!
Mas rapidamente tinha de acordar e voltar a ser a Maria de cabelos castanhos pelos ombros. Havia sempre tanta coisa para me fazer despertar e rapidinho. Nem queira saber a trabalheira que seis crianças davam, principalmente quando tinha de fazer tudo à mão, que não havia cá estas máquinas de agora. A roupa era lavada no tanque e seca ao sol, a comida era feita em dois tachitos e uma frigideira e olhe lá... que havia muita gente que nem isso tinha.
Acha que no meio disto tudo, nos lembrávamos de ser românticos, acha? O meu homem saia de casa ainda de noite e quando voltava, na maioria das vezes já eu e os miúdos dormíamos.
Era assim, que remédio. Como é que nos governávamos se não fosse assim.
Eu ainda trabalhei fora de casa durante uns tempos mas tive de parar que as crianças andavam sozinhas o dia todo. Para além de que o almoço e o jantar não se faziam sozinhos, nem as meias conheciam o caminho até à caixa de costura.
Hoje, reformados, com os filhos criados e os netos a chegar já fazemos um bocadinho mais de companhia um ao outro, damos uns passeios depois de almoço, falamos sobre as noticias, sobre os miúdos... Mais eu, que ele não é de muitas falas. Nunca foi.
Mas eu sei que ele é muito meu amigo.
E diga lá, há melhor coisa que isso?
Ainda hoje gosto de ver as novelas mesmo que agora já não sejam em papel. E às vezes ainda sonho em ser a médica dos cabelos loiros.
Mas olhe, se quer que lhe diga, depois olho para o meu pretendente e acho que a louraça é que ia gostar de ser aqui a Maria morena!
quinta-feira, 5 de março de 2015
Bailarico
Se estivesse nos
tempos de escola era tão mais fácil. Pedia a uma amiguinha para lhe entregar
uma folhinha de cheiro com a pergunta mágica.
Mete uma X no certo. Queres sair comigo?
Sim
Não
Talvez
Ou então
escreveria na porta da casa de banho A+M= Love forever e
esperava que alguém lhe fosse contar.
Mas os tempos de
escola já tinham acabado e as folhinhas já tinham perdido o cheiro. Foram apresentados
por um amigo comum num bailarico lisboeta na noite de Sto. António e por entre majericos,
sardinha assada e dezenas de pessoas, os seus olhos insistiam em se cruzar num
ritmo constante. Provavelmente levados por uma coragem movida a sangria sentaram-se
na soleira duma porta, a dissertar sobre as dúvidas e as certezas da vida. Como
se se conhecessem desde o minuto um das suas histórias.
Numa noite em que
não há horas, o relógio parou só para eles. Choraram a rir e riram de chorar.
As mãos
tocavam-se por intuição enquanto se revelavam segredos nunca antes escutados. E
o mais engraçado é que ela nem queria ir à festa… Não era que não gostasse
deste tipo de festejo, bem pelo contrário, mas estava cansada e apetecia-lhe
ficar quieta. Mas quando se tem os amigos na entrada do prédio ou sim ou sim.
Sabia que era um
pensamento piroso mas na sua cabeça pairava a ideia e o sensibilidade, de que,
efectivamente, TINHA de ir aquela festa! E claro que nunca mais iria duvidar
das graças do Sto. António.
Nos primeiros
raios de sol, trocaram números de telemóvel, acreditando que tudo o que viveram
na noite passada não poderia ser só efeito de um ou outro copito a mais.
Recostada no
sofá, dava voltas e voltas à cabeça, para inventar a forma brilhante de usar o
número que tinha recebido. Não queria ligar e fazer figura de tola, no caso de
ele não ter sentido o mesmo, muito menos fazer cobranças por já terem passado
quase 24h e ele não ter dito nada. Mas também sabia que não podia simplesmente
fingir que nada acontecera e quem sabe deitar à rua a oportunidade de ser
verdadeiramente feliz.
Perdeu a conta ao
número de vezes que agarrou e soltou o telemóvel e que escreveu e apagou mensagens.
Decidiu larga-lo
novamente na esperança de serenar e com toda a calma do mundo tentaria escrever
alguma coisa.
Mas mais tarde, agora não.
O som do aparelho
a cair na mesa misturou-se com o bip da mensagem recebida.
Pelo menos um
deles já sabia o que escrever passado 24h.
Mete uma X no certo. Queres sair comigo?
Sim
Não
Talvez
domingo, 1 de março de 2015
O plano
Os dias decorriam tal e qual o programado. Não significava que fosse monótona, apenas não gostava de surpresas, nem de situações que escapassem ao seu total controlo.
Sabia o que queria, o que fazer para o conseguir e muito do seu esforço estava centrado na profissional que queria ser. Irrepreensível e exemplar!
Dentro do seu projecto, por vezes, até colocava a hipótese de arranjar alguém, casar, ter filhos, todas aquelas "coisas" (como ela própria designava) que todas pessoas têm e esperam, mas garantidamente não eram uma prioridade. Acrediva que este tipo de vertentes na vida a iriam distrair do que era "realmente" importante!
Vinha de uma familia dita convencional, pai, mãe, irmãos e crescera com o espelho de um casal feliz refletido pelos pais, que tantos anos depois do casamento ainda sentiam um pelo outro um amor maior do que tudo o que contruiram juntos!
Claro que esta união a enchia de orgulho mas de uma forma inconscientemente colocava todas as relações numa fasquía altíssima. Por isso mesmo o melhor era focar a sua completa atenção no que sabia que era eficiente e imbatível.
O seu plano decorria de forma exemplar, até ao dia em que ele se mudou para o apartamento do lado e simultaneamente entrou na sua vida sem perguntar se podia!
Foi-se apresentar como sendo o seu novo vizinho e colocando-se a inteira disponibilidade para o que ela necessitasse. Naquele primeiro momento sentiu-se como que invadida pela segurança que de repente aquele estranho lhe transmitia!
Agradeceu o gesto mas apressou-se a fechar a porta.
Não se ia permitir sentir-se impressionada com aquele homem.
Após inúmeros bons dias e boas noites no elevador e muitas tentativas goradas de tentar falar com ela, ganhou coragem e convidou-a para jantar em sua casa. E antes que a sua cabeça pudesse reagir, dos seus lábios pronunciaram um sonoro SIM!
Agora já estava feito e não tinha como voltar atrás!
Na verdade, desde o momento em que lhe batera à porta naquela noite para se apresentar, que não lhe saía do pensamento.
À hora marcada estava do outro lado corredor.
De facto, não existem planos perfeitos!
Ainda bem!
Sabia o que queria, o que fazer para o conseguir e muito do seu esforço estava centrado na profissional que queria ser. Irrepreensível e exemplar!
Dentro do seu projecto, por vezes, até colocava a hipótese de arranjar alguém, casar, ter filhos, todas aquelas "coisas" (como ela própria designava) que todas pessoas têm e esperam, mas garantidamente não eram uma prioridade. Acrediva que este tipo de vertentes na vida a iriam distrair do que era "realmente" importante!
Vinha de uma familia dita convencional, pai, mãe, irmãos e crescera com o espelho de um casal feliz refletido pelos pais, que tantos anos depois do casamento ainda sentiam um pelo outro um amor maior do que tudo o que contruiram juntos!
Claro que esta união a enchia de orgulho mas de uma forma inconscientemente colocava todas as relações numa fasquía altíssima. Por isso mesmo o melhor era focar a sua completa atenção no que sabia que era eficiente e imbatível.
O seu plano decorria de forma exemplar, até ao dia em que ele se mudou para o apartamento do lado e simultaneamente entrou na sua vida sem perguntar se podia!
Foi-se apresentar como sendo o seu novo vizinho e colocando-se a inteira disponibilidade para o que ela necessitasse. Naquele primeiro momento sentiu-se como que invadida pela segurança que de repente aquele estranho lhe transmitia!
Agradeceu o gesto mas apressou-se a fechar a porta.
Não se ia permitir sentir-se impressionada com aquele homem.
Após inúmeros bons dias e boas noites no elevador e muitas tentativas goradas de tentar falar com ela, ganhou coragem e convidou-a para jantar em sua casa. E antes que a sua cabeça pudesse reagir, dos seus lábios pronunciaram um sonoro SIM!
Agora já estava feito e não tinha como voltar atrás!
Na verdade, desde o momento em que lhe batera à porta naquela noite para se apresentar, que não lhe saía do pensamento.
À hora marcada estava do outro lado corredor.
De facto, não existem planos perfeitos!
Ainda bem!
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