Cometemos o
maior erro de quem ama, ou de quem se julga amar.
Querer moldar o outro e achar que as pessoas mudam.
E isso não faz mesmo qualquer sentido.
Se me apaixonei pelo que és, porque raio te quero mudar? Se me amas, o que
realmente te importa é a minha felicidade, mas não será hipocrisia, querer que a
minha felicidade se baseie na tua vontade?
Fazemos juras de amor e promessas daqui até à Lua mas na verdade, se o
caminho até à Lua não passar na minha rua, vai ser difícil arranjar tempo
para lá ir.
Atenção que isto não é uma critica ao teu comportamento, é apenas uma
chamada à realidade. À nossa realidade, porque não me excluo desse plano de auto-satisfação
embrulhado em papel altruísta.
Não duvido que gostemos um do outro, mas chamar lhe amor,
possivelmente é demasiado ambicioso e auspicioso.
Adoramos proporcionar o melhor que temos um ao outro mas
honestamente e claro inconscientemente, fazemo-lo à espera de terminada reacção.
Mais do que isso, concebemo-lo na expectativa da devolução nas medidas que nos servem que nem uma luva.
E isso está errado? Provavelmente não.
Acredito que está nos nossos genes e no nosso subconsciente,
que faz parte deste ser estranho que é o Homem.
Agora cabe-nos decidir o que queremos fazer com este conhecimento.
Podemos manter-nos juntos e conscientes que o percurso daqui
até à Lua é um beco sem saída ou cada um vai procurar no seu mapa a rua que
nos levará até lá.
Eu comprometo-me a começar a registar as rotas se tu indicares
os percursos.