Estás na minha vida desde que existo!
Sempre foste o meu
melhor amigo, o meu confidente, o apoio e o meu conforto.
Tantos Verões que ficámos de papo para
ar a dizer disparates e tantas Invernos a devorar filmes.
Estiveste nas primeiras saídas à noite,
nas primeiras férias sem pais. Partilhámos segredos intocáveis e na maioria das
vezes já nem precisávamos de falar. Criámos uma linguagem própria com os nossos
olhos.
Inúmeros, foram os momentos em que
nos encobrimos e usamos o outro como justificação para saídas secretas. Para os
nossos pais, desde que estivessemos juntos, podíamos ir até à Lua, que não
havia problema.
Usei o teu colo para carpir os meus
desaires amorosos e fui a primeira a sentenciar quem te fazia sofrer.
Nunca tivemos tabus nem rodeios na
forma como falávamos mas tenho de admitir que neste preciso momento estou cheia
de vergonha e garantidamente tão corada como quando tinha 10 anos e percebias
que te estava a esconder alguma coisa.
Não sei como te dizer, que ontem, pela
primeira vez te vi como um homem.
Soou estranho, não foi…
Eu sei, para mim também!
E pior, amei o que vi… Como é que é possível
que de um momento para o outro, tudo o que sempre te contei de como me tinha
sentido nos primeiros encontros, esteja a viver contigo! CONTIGO!!!!
Foi como se uma campanhia soasse num som estridente!
Foi como se uma campanhia soasse num som estridente!
Simultâneamente, penso no tempo que
perdi à procura do que sempre esteve aqui! Bem à frente dos meus olhos! A minha
vida inteira!
Não sei como vais receber a noticia
mas peço-te que penses nela com carinho e com calma.
Com a mesma calma que tiveste quando me ajudaste a andar de bicicleta sem rodinhas...
Com a mesma calma que tiveste quando me ajudaste a andar de bicicleta sem rodinhas...
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