terça-feira, 16 de junho de 2015

O caminho

Cometemos o  maior erro de quem ama, ou de quem se julga amar.

Querer moldar o outro e achar que as pessoas mudam.

E isso não faz mesmo qualquer sentido.

Se me apaixonei pelo que és, porque raio te quero mudar? Se me amas, o que realmente te importa é a minha felicidade, mas não será hipocrisia, querer que a minha felicidade se baseie na tua vontade?

Fazemos juras de amor e promessas daqui até à Lua mas na verdade, se o caminho  até à Lua não passar na minha rua, vai ser difícil arranjar tempo para lá ir.

Atenção que isto não é uma critica ao teu comportamento, é apenas uma chamada à realidade. À nossa realidade, porque não me excluo desse plano de auto-satisfação embrulhado em papel altruísta.

Não duvido que gostemos um do outro, mas chamar lhe amor, possivelmente é demasiado ambicioso e auspicioso.

Adoramos proporcionar o melhor que temos um ao outro mas honestamente e claro inconscientemente, fazemo-lo à espera de terminada reacção. 

Mais do que isso, concebemo-lo na expectativa da devolução nas medidas que nos servem que nem uma luva.

E isso está errado? Provavelmente não.

Acredito que está nos nossos genes e no nosso subconsciente, que faz parte deste ser estranho que é o Homem.

Agora cabe-nos decidir o que queremos fazer com este conhecimento.

Podemos manter-nos juntos e conscientes que o percurso daqui até à Lua é um beco sem saída ou cada um vai procurar no seu mapa a rua que nos levará até lá.

Eu comprometo-me a começar a registar as rotas se tu indicares os percursos.


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