quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sentidos

Era capaz de reconhece-lo numa meio de um mar de gente em tempo digno de record!
Identificá-lo-ia de olhos fechados sem ter de recorrer aos outros sentidos!

Pressentia-o junto a si mesmo não o vendo. Era como se um alarme disparasse dentro do seu peito, sempre que estivessem a partilhar o mesmo espaço.


Tinha noção que não fora sempre assim, mas anos de partilha e história conjunta fizeram desenvolver o que ela chamara de 7º sentido. A capacidade de o sentir na sua plenitude.
Ele ria-se, costumava dizer que ela devia era ter uma costela de feiticeira. Mas lá no fundinho sabia bem que ela tinha razão até porque era mutuo. O calor que sentia no coração quando ela surgia era inexplicável, ou melhor, só era justificável num grande amor e em muito anos de cumplicidade.


Tinham finalmente encontrado o rumo depois de muitas discussões, encontros e desencontros. Muitas foram as vezes em que colocaram os pesos na balança. Não significava que não gostavam um do outros mas eram tão rebeldes e cheios de razões e vontades que por vezes o orgulho se sobrepunha a tudo o resto.

Aprenderam juntos que o caminho se faz caminhando e não de constantes desvios.

Hoje as coisas eram diferentes, mais serenas, menos paixão mas muito mais amor.

Amor que gera o reencontro no meio da multidão!

Sem comentários:

Enviar um comentário